Francisco lembra infectados sem acesso a 'cuidados essenciais'
O Papa assinalou nesta quarta-feira (1º) no Vaticano o Dia Mundial da luta contra a Aids, lembrando as pessoas infectadas com o HIV que vivem sem acesso a "cuidados essenciais" de saúde.
"É uma importante ocasião para recordar as muitas pessoas acometidas por este vírus, para muitas das quais, em algumas regiões do mundo, não está disponível o acesso aos tratamentos essenciais. Faço votos por um renovado empenho solidário para garantir tratamentos de saúde equitativos e eficazes", disse Francisco, no final da audiência pública desta semana, no Auditório Paulo VI.
No mês de novembro, o papa enviou uma mensagem de agradecimento aos sacerdotes, religiosas e leigos católicos que ajudaram pessoas infectadas com HIV durante os anos 80 e 90 do século 20, nos Estados Unidos da América.
"Obrigado por iluminar a vida e o testemunho dos muitos sacerdotes, religiosas e leigos que escolheram acompanhar, apoiar e ajudar os seus irmãos e irmãs doentes de HIV e Aids, com grande risco para a sua profissão e reputação", assinalou Francisco, numa carta ao jornalista Michael O’Loughlin, correspondente da revista America.
O jornalista é autor de um ensaio, recentemente publicado, sobre A misericórdia escondida: a SIDA, os católicos e as histórias nunca contadas de compaixão diante do medo.
Enquanto arcebispo de Buenos Aires, Jorge Mario Bergoglio lavou os pés a 12 pessoas infectadas com o VIH, durante a celebração da Quinta-feira Santa de 2008.
Em janeiro de 2019, na visita ao Panamá por ocasião da Jornada Mundial da Juventude, Francisco visitou a Casa Bom Samaritano, que acolhe pessoas soropositivas.
Em setembro do mesmo ano, o papa esteve no Hospital do Zimpeto, em Maputo, onde se encontrou com doentes assistidos pela comunidade católica de Santo Egídio, que oferece tratamento gratuito a pessoas com HIV/Aids.
Francisco recordou "as cerca de 100 mil crianças que podem escrever uma nova página da história livres do HIV/Aids, e muitas outras pessoas anônimas que hoje sorriem, porque foram curadas com dignidade na sua dignidade".
Santo Egídio, a comunidade que mediou o acordo de paz para Moçambique, em 1992, é responsável pelo programa "Reforço de Recursos e Medicamentos contra a Malnutrição e Aids" (Dream, sigla inglesa); o tratamento visa em particular as mulheres grávidas, para evitar a transmissão do vírus aos filhos.
Ecclesia
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