No site da AIS Itália, há uma página onde é possível deixar a intenção de oração e a doação
A morte para os cristãos é uma passagem para a vida eterna prometida por Jesus Cristo através do seu sacrifício. Mas a vitória da vida sobre a morte é também traduzida no testemunho terreno que semeia esperança através do cuidado dos outros e do trabalho de evangelização.
Partindo deste pressuposto, por ocasião da Comemoração dos Fiéis Defuntos nesse 2 de novembro, a Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) convida todos os fiéis católicos do mundo a se recordarem dos seus entes queridos, fazendo celebrar missas pelos sacerdotes perseguidos e pobres e oferecendo-lhes uma pequena contribuição financeira.
Mais de 40 mil sacerdote ajudados
No site da AIS Itália existe uma página onde é possível deixar a sua intenção de oração e a doação. A iniciativa tem sido repetida há muitos anos com grande sucesso. Em 2019 foram celebradas um total de 1.378.635 missas de acordo com as intenções dos doadores da Fundação, uma a cada 23 segundos em todo o mundo. Um total de 40.096 padres foram ajudados desta forma.
Igreja no Líbano
A coleta de fundos deste ano é apresentada pelo padre Raymond Abdo, Provincial do Líbano da Ordem dos Carmelitas Descalços, que, através de uma nota, deu voz à difícil situação do seu país e da comunidade cristã.
"Corrupção divagante e falta de transparência, crise cambial e sobreendividamento, pobreza crescente e desigualdade de rendimentos, mau funcionamento do sistema elétrico e má qualidade da água nas casas, todos estes fardos esmagam a população. Os cerca de 1,5 milhões de refugiados sírios no Líbano são mais um motivo de preocupação e a pandemia de coronavírus agravou dramaticamente a situação já precária. Neste contexto, a presença cristã está seriamente ameaçada e se a situação não for resolvida, os fiéis continuarão a emigrar. O Líbano corre o risco de se tornar um Estado árabe muçulmano, no qual os nossos irmãos na fé não terão condições iguais".
'Ernraizar o Evangelho'
O Vatican News entrevistou o próprio padre Raymond Abdo para fazer luz sobre os frutos que a celebração de Missas pode trazer às comunidades cristãs mais pobres e mais perseguidas do mundo.
"Caros benfeitores, vocês não só estão fazendo algo pelos seus defuntos e pelos padres que celebram Missas, mas estão ajudando a enraizar o Evangelho em todos os países do mundo onde é difícil expressar a fé, em muitos destes territórios existe uma Igreja de 'catacumbas'. "Estas ofertas são também uma demonstração de uma Igreja em comunhão em todas as partes do mundo".
Mensagem de vida eterna
"Face à fragilidade da vida e ao mistério da morte dizemos a todos que acreditamos na vida e que a morte de um ente querido não é o fim de tudo". Com esta predisposição, padre Abdo analisa também a difícil situação no Líbano e exorta os cristãos a não abandonarem o país. Neste quadro, o sacerdote torna-se um instrumento indispensável "para alcançar os mais pobres e marginalizados" e consegue manter-se próximo deles também graças aos meios fornecidos pelos fiéis mais abastados que vivem nos países ocidentais.
Testemunhas de fé
Este testemunho do Evangelho é reforçado pela promessa da Ressurreição. "Mas a vida que nos é dada em Jesus Cristo - destaca o padre Abdo - é semeada na forma como vivemos e tratamos os outros, este é o testemunho de fé na vida eterna que Deus nos dá". Finalmente, a Solenidade de Finados nos recorda também o tema das raízes. "As nossas raízes são verdadeiras quando são plantadas na fé. As nossas raízes são firmes nestas terras e não devemos ser tentados a fugir por causa da perseguição".
Vatican News/Dom Total
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