Prefeito Alexandre Kalil afirma que índices de contaminação e ocupação de leitos estão no limite
A prefeitura de Belo Horizonte oficializou, por meio de decreto, o fechamento de atividades consideradas não-essenciais, como lojas de roupas, salões de beleza, centros automotivos, entre outras. A decretação de um novo lockdown, assinada pelo prefeito Alexandre Kalil (PSD) já havia sido antecipada (bloqueio) na última quarta-feira (6) para tentar conter a disseminação do novo coronavírus e o aumento do número de casos da Covid-19. A justificativa é de que os indicadores da pandemia na capital estão em níveis preocupantes.
Na ocasião, o prefeito informou, pelas redes sociais, que a capital mineira chegou "ao limite da Covid-19" e que, após uma reunião de governo, foi orientado a tomar a decisão de editar um decreto fechando todos os serviços não essenciais da cidade. Nos últimos dias, a ocupação de leitos na cidade tem batido recordes.
As novas medidas entram em vigor na próxima segunda-feira (11). No decreto, a prefeitura afirma que as restrições foram decididas após a análise dos indicadores epidemiológicos que apontam para o recrudescimento do número de casos na cidade, levando em conta a capacidade da rede de assistência local.
O Decreto nº 17.523 não determina o tempo que seguirá valendo, mas estabelece os horários de funcionamento dos estabelecimentos autorizados. Entre as atividades liberadas estão padarias, supermercados, farmácias, postos de gasolina, entre outros (veja abaixo quadro com a lista completa e os respectivos horários de funcionamento).
"Chegamos no vermelho. O comerciante tem que se preparar, porque sexta-feira soltaremos um decreto voltando a cidade à estaca zero. São números impressionantes, houve uma importação de doença surpreendente. Temos casos de famílias inteiras, que passaram o Natal juntos, infectados e internados", disse o prefeito na ocasião.
De acordo com o mais recente boletim epidemiológico divulgado pela secretaria municipal de Saúde, até essa quinta-feira (7), Belo Horizonte contabilizava 66.916 casos confirmados da doença – dos quais 3.890 permaneciam em acompanhamento - e 1.923 mortes. A ocupação de leitos em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) destinados a pacientes com a doença chegou a 85%, enquanto a ocupação de leitos de enfermaria estava na casa dos 62%.
Agência Brasil/PBH/Dom Total
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