Análise foi feita a partir de fósseis de dentes do mamífero descobertos nos anos 1970
O DNA mais antigo do mundo, com mais de 1 milhão de anos, foi recuperado nos dentes de mamutes enterrados no permafrost na Sibéria. As análises de três espécimes de mamute trazem luz sobre a Era do Gelo, quando os grandes mamíferos reinavam, e sobre a herança do mamute lanudo, cujos últimos espécimes desapareceram há 4 mil anos na Ilha Wrangel, na costa da Sibéria.
Os genomas decifrados superam em muito o DNA mais antigo sequenciado até agora, o de um cavalo que data de 500 mil a 700 mil anos de antiguidade. Neste caso, o DNA "é incrivelmente antigo". "As amostras são mil vezes mais antigas do que as dos restos viking, e até anteriores à existência de homens modernos e neandertais", entusiasma-se o professor Love Dalen do Centro de Paleontologia de Estocolmo, que supervisionou estudo publicado na revista Nature.
Os fósseis foram descobertos na década de 1970 na Sibéria, no permafrost, e preservados na Academia de Ciências, em Moscou. Os pesquisadores conseguiram datar os dentes (molares) comparando-os com os de outras espécies, como pequenos roedores, também encontrados nas mesmas camadas sedimentares.
As primeiras comparações sugeriram que dois grandes mamíferos eram mamutes das estepes, com mais de 1 milhão de anos. O "mais jovem" dos três espécimes, com cerca de 800 mil anos, era o mamute lanudo mais velho já descoberto.
AFP
Você quer receber notícias do domtotal em seu e-mail ou WhatsApp?
DomTotal é mantido pela EMGE - Escola de Engenharia e Dom Helder - Escola de Direito.
Engenharia Cívil, Ciência da Computação, Direito (Graduação, Mestrado e Doutorado).