Tolentino deveria ser ouvido pela comissão no começo de setembro, mas informou que havia sido internado no Hospital Sírio-Libanês com 'formigamento no corpo', e não compareceu
O advogado e empresário Marcos Tolentino da Silva chegou na manhã desta terça-feira (14) ao Senado para prestar depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid. Após Tolentino não comparecer à sua primeira oitiva, o colegiado já estava munido de um mandato de condução coercitiva para obrigá-lo a depor.
Tolentino deveria ser ouvido pela comissão no começo de setembro. No entanto, o empresário informou que havia sido internado no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, com "formigamento no corpo", e não compareceu.
Marcos Tolentino veio ao Senado acompanhado por médico. Questionado por Omar Aziz (PSD-AM), ele confirmou que compareceu à CPI na reunião em que o colegiado ouviu o deputado Ricardo Barros. Tolentino fez o juramento se comprometendo a dizer a verdade quanto aos fatos de que tem conhecimento.
Acompanhe a sessão
Indiciamentos e relatório final
O vice-presidente da CPI informou os jornalistas sobre pessoas que devem ser indiciadas pela comissão, como o deputado federal Ricardo Barros (PP-PR). Randolfe Rodrigues (Rede-AP) falou também sobre pessoas que ainda podem ser ouvidas pela comissão, como o ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde Élcio Franco.
Em conversa com a imprensa, o relator, Renan Calheiros (MDB-AL), falou sobre informações já apuradas e como devem ser incluídas no seu relatório final. Ele anunciou que deve apresentar seu relatório entre 23 e 24 de setembro. Ele também revelou que a comissão fará uma homenagem às vítimas da Covid-19.
Depoimento de Marconny Faria
Nesta quarta-feira, a CPI da Pandemia ouvirá o advogado Marconny Albernaz de Faria, suspeito de ter atuado como lobista da Precisa Medicamentos na tentativa de venda da vacina Coxavin para o Ministério da Saúde.
Marconny deveria ter sido ouvido pela CPI em 2 de setembro, mas apresentou um atestado médico alegando dores na região pélvica e não compareceu à audiência. O atestado acabou sendo anulado pelo próprio médico que o concedeu.
O advogado também havia recorrido ao Supremo Tribunal Federal (STF) para não depor, mas o pedido foi negado. Caso não compareça à sessão sem justificar a ausência, ele poderá ser conduzido coercitivamente à CPI.
O requerimento para ouvir Marconny foi apresentado pelo senador Randolfe Rodrigues.
Agência Estado/Agência Estado/Dom Total
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