Discurso do papa em encontro interreligioso retomou a proposta de uma aliança educacional, deixada em 2020, para promover a fraternidade em todo o mundo
O papa Francisco condenou nessa terça-feira (5) no Vaticano a violência e o fundamentalismo em nome de Deus, num encontro com responsáveis de vários credos, destinado a lançar um Pacto Educativo Global.
"A educação compromete-nos a nunca usar o nome de Deus para justificar a violência e o ódio às outras tradições religiosas, para condenar todas as formas de fanatismo e fundamentalismo e para defender o direito de cada um de escolher e agir de acordo com a sua consciência", disse Francisco, numa intervenção divulgada pela Santa Sé. O discurso retomou a proposta de uma aliança educacional, deixada em 2020, para promover a fraternidade em todo o mundo.
O papa destacou que "as religiões sempre estiveram intimamente relacionadas com a educação", convidando-as a promover "a convivência pacífica no respeito mútuo". "A educação compromete-nos a acolher o outro como ele é, não como eu quero que seja, sem julgar e condenar ninguém", acrescentou.
Francisco destacou a necessidade de defender com firmeza os direitos "das mulheres, dos menores, dos mais fracos" e de "ensinar as novas gerações a serem a voz dos que não têm voz".
A ecologia e a importância da dimensão transcendente na formação das novas gerações foram outros temas abordados, no início do encontro sobre Religiões e educação: rumo ao Pacto Global pela Educação.
Esta é uma declaração de intenções partilhada com representantes de várias religiões presentes, para estimular "uma ação educativa renovada em que a fraternidade universal cresça no mundo".
No final do seu discurso, Francisco convidou todos os líderes religiosos presentes a um breve momento de silêncio, pedindo ajuda a Deus para "percorrer com coragem os caminhos de novos horizontes educativos".
Agência Ecclesia
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