A nossa cidade com nome de legume, nossa civilização adiantada e imune a pragas do corpo e do espirito foi descoberta
Ricardo Soares*
Demorou mas nos descobriram. A nossa cidade com nome de legume, nossa civilização adiantada e imune a pragas do corpo e do espirito foi descoberta e anda nas tais mídias sociais dessa outra civilização paralela, odienta e atrasada que está do outro lado do metaverso. Ratanabá é nosso nome e , convenhamos, não é um nome dos mais bonitos mas posso lhes garantir que entre nós não existe tanta gente odienta e odiosa como os tais discípulos de um capitão primitivo que regurgita ódio e desamor como o tal (des)presidente do Brasil.
Como uma espécie de porta-voz dessa antiga civilização ratanabense venho a público apenas pra dizer que apesar de saberem vagamente onde estamos jamais nos encontrarão pois vocês estão em frequência tão distinta e distante da nossa que não serão jamais capazes de nos localizar. Só séculos de amor, fraternidade, empatia e humanismo colocariam vocês no mesmo circuito civilizatório que Ratanabá e para isso seria preciso que começasse tudo outra vez e não houvesse tanta morte e iniquidade diante das conquistas e que as conquistas não fossem a sobreposição de uma civilização sobre outra.
Nos últimos dias deram conta que nossa suposta civilização antiga tinha uma tecnologia tão avançada que superaria em muito a de vocês. É
uma meia verdade. Somos tão evoluídos que somos sim mais avançados tecnológica e espiritualmente e é justamente por isso que não queremos prosa e nem troca com vocês e os Bolsonaros do planeta. É a tal frequência vibracional à qual se referem esotéricos de todos os quadrantes. Ratanabá não é para o bico de vocês.
Somos guardiães de um portal de passagem para novos paradoxos, novas percepções, novos modos de enxergar o mundo em que vivemos. Sim, porque como vocês vivemos no mesmo mundo . Só que em dimensões infinitamente diferentes. Ratanabá guarda tudo de bom do que vocês poderiam ser mas nunca serão. Somos uma espécie de santo Graal civilizatório, aquilo que poderia ter sido e não foi. E por sorte tudo o que aprendemos acabou por ser útil levando em conta a nossa eficiência em nos escondermos de todos vocês, a grande maioria de “atrasados” do planeta. Sob o chão da Amazônia, do Ártico ou da Guiné equatorial seguimos muito bem escondidos e nos achar é uma conquista individual e para poucos. Sim, existimos, mas poucos hão de merecer o tal “ ver para crer”.
Dom Total
*Ricardo Soares é diretor de tv, roteirista, escritor e jornalista. Publicou 9 livros, dirigiu 12 documentários. Fala sobre livros em 1 minuto no Instagram @naredecomsede.
O texto reflete a opinião pessoal do autor, não necessariamente do Dom Total. O autor assume integral e exclusivamente responsabilidade pela sua opinião.
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Engenharia Cívil, Ciência da Computação, Direito (Graduação, Mestrado e Doutorado).